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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Não troque o Sangue pelo Tempo



           Mais um ano está findando e logo comemoraremos a chegada de 2013! Alegramo-nos por ver o tempo passar e temos a sensação de que junto com ele fica para trás tudo de mal que sofremos e fizemos. “Não há nada que o tempo não cure!” certamente você já ouviu essa mentira e talvez até concordou com ela. O tempo tem muitas serventias, mas nos passa uma falsa impressão: a de que ele apaga nossos pecados.


Dizem que o tempo é o melhor remédio, mas ainda que ele realmente servisse de remédio, precisaríamos esperar muito para que ele fizesse efeito, mas com Jesus é diferente, de um segundo para outro você sai da morte para a vida eterna. A prova de que o tempo é um remédio ineficiente para resolver o problema do pecado é que este não volta para que assim você corrija o que fez de errado no passado, mas para aquele que está em Cristo, as coisas velhas já se passaram, tudo se faz novo, nos tornamos novas criaturas (2 Co 5.17), nascidas de novo!

Um dos ladrões que foram crucificados ao lado de Jesus foi salvo! Ele não fez bom uso do tempo que vivera aqui na terra, tanto que reconheceu que merecia estar pendurado na cruz (Lc 23.41), naquele momento lhe restavam poucos minutos de vida, mas ao invés de dar tempo ao tempo e esperar seu “destino”, ele creu em Jesus como Senhor e foi morar no paraíso! O passar do tempo só fez com que o ladrão acumulasse pecados, mas o sangue de Jesus é suficiente para apagar, imediatamente, uma imensidão deles.

Aí vai uma péssima notícia para quem crê na reencarnação: viver várias vidas só aumentaria a quantidade de pecados, ainda que na maior parte do tempo seja possível ser bonzinho. O pecado da adolescência continuará sendo pecado mesmo após dezenas de anos, ainda que posteriormente se pratique uma vastidão de boas obras! Assim como as boas obras, o tempo é ineficiente para apagar pecados. Deste modo, obedecer nove sinais de trânsito e infringir ao décimo não impedirá que você receba uma multa, e nem adianta tentar se justificar para o guarda alegando que obedeceu aos sinais passados e obedecerá aos que estão por vir! Alguém tem que pagar a multa pela sua culpa... Foi isso que Jesus fez, ele pagou o preço em nosso lugar, ele levou sobre si os nossos pecados (Is 53.4,5).

O tempo apaga lembranças e não pecados! Isso faz com que às vezes esqueçamos o quanto somos pecadores, mas pecados não devem ser apenas esquecidos, eles precisam ser perdoados. E quando Deus perdoa Ele não faz como nós, que perdoamos, mas não esquecemos. Ele perdoa e lança todos os nossos pecados nas profundezas do mar (Mq 7.19)! Não é porque os pecados foram apagados da nossa memória pelo passar do tempo que eles foram perdoados. Quem envelhece e morre com o tempo é o nosso corpo e não nossos pecados. Pecados não prescrevem (como ocorre em nosso código de processo penal), no processo de Deus eles devem ser punidos ou perdoados, mas felizmente, o justo juiz oferece a todos que desejarem o advogado infalível, Jesus Cristo (1 Jo 2.1).

Já que o assunto é tempo, quero advertir que esse é o tempo de se arrepender de seus maus caminhos (2 Cr 7.14), é o tempo de buscar ao Senhor enquanto ainda se pode achar (Is 55.6). Ao invés de esperar que o tempo cuide de tudo, confie Naquele que dividiu o próprio tempo em antes e depois. E ainda que digam que o tempo muda tudo, é preciso lembrar que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).

“O tempo não volta, mas Jesus breve voltará e levará sua igreja para um lugar onde não existirá mais tempo.” (Ari Arrais)




Ari Arrais