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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Que amor é esse?


Experimente fazer uma enquete com seus amigos perguntando se eles amam a Deus. Você concluirá que a imensa maioria responderá positivamente. Alguns dirão ainda que o amam acima de todas as coisas, que sem Ele não seriam nada e por aí vai... Mas que amor é esse que as criaturas têm por seu criador que, ao mesmo tempo em que dizem que Ele é tudo em suas vidas, reservam tempo para tudo menos para Ele? Que amor é esse que faz alguém afirmar não ser nada sem Ele e, ao mesmo tempo nada em suas vidas reflete um relacionamento com Ele?
Se o compararmos ao amor entre amigos veremos que estes passam horas prazerosas conversando entre si, mas que amor é esse que muitos sentem por Deus em que minutos de conversa ajoelhados em oração são como um castigo que uma mãe aplica à criança e esta não vê a hora de cumprir sua obrigação, levantar e fazer o que realmente gosta?
Note também como é admirável o amor de uma esposa por seu marido, numa relação de fidelidade, sem brechas para dividir esse amor com algum sedutor que apareça pelo caminho, mas que amor é esse que muitos têm por Deus, onde, diferente da esposa fiel, abrem mão da fidelidade e adoração exclusiva a Ele e dividem esse amor ao venerar um amontoado de gesso moldado por mãos humanas? É como se a esposa fiel dissesse que ama apenas seu marido e, ao mesmo tempo, mantém um porta-retratos enorme com a foto de um amante (que já está morto, inclusive) na sua escrivaninha e, ao dividir UM TERÇO do seu tempo entre o marido e o amante, oferece 10 vezes mais ao amante (já observou como se reza o terço?). Jesus disse que é impossível servir a dois senhores (Mt 6.24).
Outros dizem: “eu amo Deus do meu jeito”, mas os mesmos que declaram isso não querem ser amados de qualquer jeito pelo seu cônjuge, por exemplo.  Na verdade, é preciso amá-lo como dizem as escrituras (Jo 14.21). O próprio Jesus disse que devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com a alma, com todo o entendimento e com todas as nossas forças (Mc 12.30). Penso que talvez as pessoas mudaram o conceito de amor, talvez confundiram amor com respeito, temor ou admiração, mas o amor é muito mais que isso.
Diga que ama uma mulher e o que ela te responderá? Exatamente! Ela pede que você prove na prática! Saiba que, semelhantemente, provamos nosso amor por Deus na prática, mas talvez seu estilo de vida prove não a existência de amor por Ele, mas sim uma indiferença e desprezo. É lamentável notar que o amor que muitos têm por Deus é apenas abstrato, fictício ou talvez falsificado! As pessoas perderam a sensibilidade do amor. Parece que não percebem a incoerência entre a santidade de Deus e a “vida loka” de um fim de semana. Elas não veem problema em sentar-se à mesa do bar num sábado à noite e no banco da igreja 24 horas depois... Isso não é amor, é hipocrisia!
Infelizmente tem muita gente decepcionada com o amor! Elas foram traídas, abandonadas ou não correspondidas por quem amaram, mas se conhecessem a Deus saberiam que Ele é fiel, que ainda que uma mãe abandone um filho, ele não nos abandonará (Is 49.15) e que certamente aquele que o amar será correspondido (Jo 6.37)! Como é bom saber que nosso amor por Ele será recíproco.
 "O homem apaixonado daria as estrelas a sua amada, se possível, mas Deus oferece algo que está além das estrelas (céu) para aqueles que o amam". (Ari Arrais)

Ari Arrais

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO (C.S. Lewis)


 Artigo publicado na revista americana "His".

O regresso de Jesus à terra é considerado pelo apóstolo Paulo a "bendita esperança" dos cristãos.

Numa época em que o pessimismo e o juízo apocalíptico caracterizam a perspectiva dos cientistas numa extensão quase tão grande como a dos teólogos, ousamos afirmar diretamente, baseados na autoridade da Palavra de Deus, que aguardamos novos céus e nova terra enquanto esperamos pelo Senhor da Glória.

A doutrina da segunda vinda não tem sentido se, pelo que nos diz respeito, não nos fizer compreender que em qualquer momento do ano se pode aplicar devidamente à nossa vida a pergunta de Donne: 
"Que seria, se fosse esta a última noite do mundo?".

Por vezes, incomoda-nos essa idéia, acompanhada de profundo terror, o qual é incutido em nós por aqueles que nem sempre se aproveitam devidamente dela. Não é justo, creio eu, pois estou longe de aceitar que se pense no temor religioso como algo desumano e degradante, a ponto de se optar por sua exclusão da vida espiritual. 

Sabemos que o amor, quando puro, não admite nenhuma espécie de temor. O mesmo já não sucede com a ignorância, o álcool, as paixões, a presunção e até a estupidez. 

Seria bom que todos alcançássemos aquele amor puro, em que o temor já não existe; mas não convinha que qualquer outro agente inferior pudesse bani-lo, enquanto não conseguíssemos chegar àquela perfeição.

Quanto a mim, é um caso diferente o argumento que não raro surge de que a idéia da segunda vinda de Cristo pode provocar um terror contínuo nas almas. 

Decerto não é fácil, pois o temor é uma emoção e, como tal, mesmo fisicamente não pode manter-se por muito tempo. Pela mesma razão, não é fácil admitir uma ânsia contínua de esperança na segunda vinda. O sentimento-crise é essencialmente transitório, já que os sentimentos vêm e vão, e só se pode fazer bom uso deles nesta altura. De forma alguma poderiam constituir o nosso alimento de todos os dias na vida espiritual.

O que importa não é o terror (ou a esperança) que possamos ter em relação ao fim; o que é necessário é não esquecê-lo, tendo-o em devida conta. Vejamos um exemplo. Uma pessoa normal em seus setenta anos não vai pensar (muito menos falar) na morte que se aproxima; mas não procede assim o avisado, o inteligente, embora os anos ainda não lhe pesem. Seria loucura aventurar-se em ideais baseados em esquemas que supõem mais uns vinte anos de vida; loucura seria não satisfazer a sua vontade. 

Ora, a morte está para cada indivíduo como a segunda vinda está para a humanidade inteira. Todos acreditamos, suponho, que o homem tem de desprender-se da sua vida individual, lembrando-se de que essa vida é breve, precária e provisória, e não abrindo o coração a nada que possa findar com ela. O que os cristãos de hoje parecem esquecer com facilidade é que a vida de toda a humanidade neste mundo é também breve, precária e provisória.

Qualquer moralista nos dirá que o triunfo pessoal de um atleta ou de uma dançarina é certamente provisório, mas o principal é lembrar que um império ou uma civilização são também transitórios. 

Sob o aspecto meramente mundano, todos os empreendimentos e triunfos nada significarão quando chegar o fim.

De parabéns, os cientistas e os teólogos: a terra não será sempre habitada. E o homem, por mais que viva, não deixa de ser mortal. Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento. Será então a 
"última noite deste mundo".


Autor: C. S. Lewis

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O que faz Deus sorrir? (texto enviado pela leitora Rose R.)


O mundo contemporâneo nos consome de maneira tão brutal que de tempos em tempos esquecemos-nos de dar o louvor que é devido Àquele que é o único digno de adoração. Mas qual o real motivo de render glória a Deus?
O simples fato de existir seria razão suficiente para render glórias ao Deus eterno. Ele nos criou nos formou e conhece todos os nossos passos, sendo ainda pecadores Ele nos amou e continua a nos amar, e o que o homem faz em troca? O esquece, o ignora, menospreza, o resultado é a decadência da humanidade.
Deus criou todas as coisas para a glória dEle, e a bíblia diz que até os céus declaram sua gloria (Sl 19.1) e através de Jesus o homem tomou conhecimento de quem Deus realmente é (Hb 1.3 e 2 Co 4.6), a verdade é que somos instruídos a glorificar a Deus porque Ele é digno (1 Cr 16.24,27), entretanto o homem insiste em negar a magnitude do Senhor e esse é o pior pecado e maior engano de nossa vida.
Tudo o que há no universo foi planejado para agradar a Deus (Ap  4.11) e para o homem o “sorriso” de Deus deveria ser o principal e único objetivo de sua vida, adorar a Deus em espírito e em verdade, amá-lo acima de qualquer circunstância e sobre todas as coisas, são atos que podem “arrancar um sorriso do rosto de Deus”, pois se nós falhos e pecadores nos sentimos leves e bem ao adorar ao Senhor, há de se imaginar o que Deus sente ao ver que sua criação está cumprindo o que Ele antes planejou.
Fazer Deus sorrir é tão simples e tão gratificante, que alma chega a transbordar de alegria, há uma paz que inunda todo ser e você não consegue se conter, basta apenas tomar algumas decisões e cumpri-las durante a vida: amar a Ele acima de qualquer coisa, confiar plenamente nEle, obedecê-lo incondicionalmente, louvar e dar graça a Ele continuamente.
No fim você percebe que tudo se resume em “apaixonar-se” por Jesus, pois assim pensamos nEle o tempo todo, procuramos saber mais sobre Ele, vivemos para Ele, não para o nosso bem (apesar disso nos fazer muitíssimo bem), mas por ver e sentir o quanto Ele fica feliz quando nos o adoramos.

texto enviado por Rose R. (leitora do blog)