Mais
um ano está findando e logo comemoraremos a chegada de 2013! Alegramo-nos por
ver o tempo passar e temos a sensação de que junto com ele fica para trás tudo
de mal que sofremos e fizemos. “Não há nada que o tempo não cure!” certamente
você já ouviu essa mentira e talvez até concordou com ela. O tempo tem muitas
serventias, mas nos passa uma falsa impressão: a de que ele apaga nossos
pecados.
Dizem que o tempo é o melhor remédio, mas ainda que ele
realmente servisse de remédio, precisaríamos esperar muito para que ele fizesse
efeito, mas com Jesus é diferente, de um segundo para outro você sai da morte
para a vida eterna. A prova
de que o tempo é um remédio ineficiente para resolver o problema do pecado é
que este não volta para que assim você corrija o que fez de errado no passado,
mas para aquele que está em Cristo, as coisas velhas já se passaram, tudo se
faz novo, nos tornamos novas criaturas (2 Co 5.17), nascidas de novo!
Um
dos ladrões que foram crucificados ao lado de Jesus foi salvo! Ele não fez bom
uso do tempo que vivera aqui na terra, tanto que reconheceu que merecia estar
pendurado na cruz (Lc 23.41), naquele momento lhe restavam poucos minutos de
vida, mas ao invés de dar tempo ao tempo e esperar seu “destino”, ele creu em
Jesus como Senhor e foi morar no paraíso! O passar do tempo só fez com que o
ladrão acumulasse pecados, mas o sangue de Jesus é suficiente para apagar,
imediatamente, uma imensidão deles.
Aí
vai uma péssima notícia para quem crê na reencarnação: viver várias vidas só
aumentaria a quantidade de pecados, ainda que na maior parte do tempo seja
possível ser bonzinho. O pecado da adolescência continuará sendo pecado mesmo
após dezenas de anos, ainda que posteriormente se pratique uma vastidão de boas
obras! Assim como as boas obras, o tempo é ineficiente para apagar pecados.
Deste modo, obedecer nove sinais de trânsito e infringir ao décimo não impedirá
que você receba uma multa, e nem adianta tentar se justificar para o guarda
alegando que obedeceu aos sinais passados e obedecerá aos que estão por vir!
Alguém tem que pagar a multa pela sua culpa... Foi isso que Jesus fez, ele
pagou o preço em nosso lugar, ele levou sobre si os nossos pecados (Is 53.4,5).
O tempo apaga lembranças e não pecados! Isso faz com que às
vezes esqueçamos o quanto somos pecadores, mas pecados não devem ser apenas
esquecidos, eles precisam ser perdoados. E quando Deus perdoa Ele não faz como
nós, que perdoamos, mas não esquecemos. Ele perdoa e lança todos os nossos
pecados nas profundezas do mar (Mq 7.19)! Não é
porque os pecados foram apagados da nossa memória pelo passar do tempo que eles
foram perdoados. Quem envelhece e morre com o tempo é o nosso corpo e
não nossos pecados. Pecados não prescrevem (como ocorre em nosso código de
processo penal), no processo de Deus eles devem ser punidos ou perdoados, mas
felizmente, o justo juiz oferece a todos que desejarem o advogado infalível,
Jesus Cristo (1 Jo 2.1).
Já
que o assunto é tempo, quero advertir que esse é o tempo de se arrepender de
seus maus caminhos (2 Cr 7.14), é o tempo de buscar ao Senhor enquanto ainda se
pode achar (Is 55.6). Ao invés de esperar que o tempo cuide de tudo, confie
Naquele que dividiu o próprio tempo em antes e depois. E ainda
que digam que o tempo muda tudo, é preciso lembrar que Jesus Cristo é o mesmo
ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8).
“O tempo não volta, mas Jesus breve voltará e levará sua
igreja para um lugar onde não existirá mais tempo.” (Ari Arrais)
Ari Arrais